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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Estou ficando cansada disso, cada vez mais cansada disso.
Acordar, se é que posso chamar isso de acordar de verdade mas enfim, estou cansada de acordar. De 'viver' exatamente a mesma coisa, todos os dias, tudo, tudo de novo. Até destas palavras repetidas, frases, textos, trechos de inutilidades, das quais me esvaziam ainda mais. Em primeiro plano, eu gostava muito de escrever, porque eu escrevia coisas das quais eu sentia, consequentemente me aliviava depois do desabafo. E depois e depois, fui descobrindo que era de palavras que eu precisava, palavras que pudessem descrever, estados, sentimentos etc. Mas quanto mais usava ou tentava usar as palavras ""certas"", eu me sentia cada vez mais vazia, sem ação ou sei lá. Eu me sinto uma pessoa vazia, que já falei/escrevi tudo o que havia aqui, remoído. Foi-se. Foi-se o tempo de dúvidas desnecessárias, de tentar entender/explicar tudo, de escrever, escrever sobre 'amor' e no fim só amar cada vez mais, sem uma única palavra ter servido de consolo. Chega, eu estou me sentindo vazia, fria, seca, tudo de ruim, sério.E engraçado é que posso dizer que várias pessoas já me viam/me vêem assim, fria,vazia,seca e tudo mais, mas eu posso dizer que não, eu não sou não, ou pelo menos não era nem um pouco, é que as pessoas erram para aprender e comigo não podia ser diferente, e é que também a escrita sempre foi meu refúgio, minha paz, ou sei lá.  E também não sei por qual motivo, razão ou circunstancia eu estou feliz. Não exatamente por isso, mas eu não sou mais aquela de antes, não mesmo. Eu só estou mesmo é cansada de acordar e dormir todos os dias completamente decepcionada comigo mesma, não é tristeza, não é drama, é Decepção e muita.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sempre falta alguma coisa, sempre faltará. E se  não sabe o que quer realmente, vai passar a vida inteira procurando "o nada", tentando preencher um vazio que talvez nunca houvesse. E chamamos isso de existir. 

domingo, 25 de setembro de 2011

Ansia.
Como um vomito que estou segurando a muito tempo. As palavras parecem sair assim. Não sei como, mas gostaria de dizer tudo de uma vez logo, assim, agora. Gostaria de nascer de novo e com o dom de me expressar  por favor.
  Essa ansia, eu quero vomitar. Ou queria? é uma boa pergunta que me sufoca. 


sábado, 17 de setembro de 2011

Uso tantas e tantas virgulas, que quando chega a hora do ponto final, esqueço e me perco, nas minhas próprias palavras,nas minhas próprias atitudes, se é que tive alguma nesses dois últimos anos. Eu me sinto perdido, no meio do nada, com todos os meus amigos ao meu redor, me sinto perdido, a cada dia, a cada tentativa inútil de escrever,a cada folha amassada e jogada no armário,  a cada cigarro que não me acalma mais, a cada dia, a cada noite. Perdido.
  Não quero que me encontrem, não preciso ser encontrado, e talvez 'encotrar' não seja a palavra certa, mas foda-se porque eu também não vou mais tentar. cansei de tentar, chega de tentativas inúteis de descrever, de tentar aproveitar minha vida ao máximo trancando no meu quarto com o som ensurdecedor ,chega de tentar entender tudo, chega de me sentir assim, PERDIDO todas as vezes que te vejo. E finalmente chega de você. Chega de vírgulas quando o ponto final já é necessário.
E chega de escrever, escrever sobre você e pensar que vai adiantar, sabendo que no final quem vai estar trancando no quarto, com uma folha de caderno em branco e com o fone no ouvido vai ser eu. 

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

 É, talvez eu tenha medo da morte. Pensar que existe céu, inferno ou paraíso é totalmente fora de cogitação, porque eu não acredito em deus, não acredito em nenhum ser superior, e não acho que isso seja pecado porque eu também não acredito em pecado. Eu procuro em todos os cantos, em todas as músicas, em todas as pessoas, no céu, nas estrelas, nas paredes do meu quarto, no vento, nos livros, eu procuro a razão disto, a razão de mim querer sempre descrever, de usar as palavras que façam um dia diferença na vida de alguém, ou não. Eu quero o simples, eu quero o complicado. Eu quero escrever, escrever uma história, quero que as pessoas me conheçam, quero sair portão a fora e correr, respirar fundo, até cansar, gritar, quero me embebedar, quero acabar com o maço de cigarros, quero dizer de uma vez por todas que eu sinto sim, falta dela, e que ela tem alguma coisa que ninguém nunca vai ter, coisa que eu não sei o que é, e que não estou nem um pouco afim de descobrir. Quero sair, estar com os meus amigos, quero estar com minha família, quero conversar civilizadamente e dar boas risadas com eles, porque eu amo sim, todos eles. Quero me trancar no meu quarto como antigamente, deitar no chão e pensar, em tudo e em todos, sonhar, dançar, gritar, cantar, ser enfim eu mesmo.
  Eu quero viver,viver e viver, essa bosta de vida nessa merda de país que me faz tão bem, e quero fazer diferença em alguém, em algo. Sim, porque o medo de viver em vão é constante, a vontade de mudar não vai embora, então decidi abrir a porta. Mas ela continua parada, então eu acordo, me olho no espelho, e vejo que quem passou esses dez anos parado fui eu.  A vontade não é pequena, mas só quando tudo for embora vou abrir os olhos. Ou não mais uma vez, ou eu esteja completamente errado, e coma o pão que o diabo amassou lá no inferno. Mas é que só de pensar no nada que vai vir depois que eu fechar os meus olhos pra sempre, eu entro em conflito comigo mesmo.
  Viver, uma palavra simples, mas difícil de ser entendida, ou não, porque eu não tenho mais certeza de nada. Será que tudo isso é em vão? É isso, essa é a questão, de tudo, da minha forma de pensar, de agir, de escrever, de tentar entender, será que tudo isso é em vão?
    Tive um sonho estranho esta noite.