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sexta-feira, 10 de junho de 2011

 Um belo dia ela iria chegar em casa e entender de uma vez por todas, que a vida não é justa pra ninguém.
    Já não saia como antes, já não ria tanto , queria ficar sempre em casa. Já não lia tanto, e também não escrevia mais. Pelo menos não sobre o que sentia. Ela acreditava que para os que escreviam as palavras eram tudo. Ou quase tudo. Escrevia de coisas que não tinham absolutamente nada haver com o seu cotidiano, com o que sentia. Descobriu que evitar algumas coisas/os problemas por um tempo é um bom remédio. Ou apenas uma forma de conseguir dormir tranquilamente a noite toda.
    Todos os domingos de tarde ela ia até o parque no centro da cidade.Não podia fumar lá, então ela apenas se sentava na grama, fechava os olhos e sentia. Quando a dor estava tão forte que parecia não aguentar mais, ela sorria . Aquele vento passando por seus cabelos longos e vermelhos, era o que ela chamava de felicidade nos últimos meses.
  Sempre pensou em ir além . Além do que ela mesma não sabia o que. Mas ela vivia, e isso era o que afinal importava. Ela era feliz. Isso era o bastante. A vida no parque naquele dia ensolarado.  

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