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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Estou ficando cansada disso, cada vez mais cansada disso.
Acordar, se é que posso chamar isso de acordar de verdade mas enfim, estou cansada de acordar. De 'viver' exatamente a mesma coisa, todos os dias, tudo, tudo de novo. Até destas palavras repetidas, frases, textos, trechos de inutilidades, das quais me esvaziam ainda mais. Em primeiro plano, eu gostava muito de escrever, porque eu escrevia coisas das quais eu sentia, consequentemente me aliviava depois do desabafo. E depois e depois, fui descobrindo que era de palavras que eu precisava, palavras que pudessem descrever, estados, sentimentos etc. Mas quanto mais usava ou tentava usar as palavras ""certas"", eu me sentia cada vez mais vazia, sem ação ou sei lá. Eu me sinto uma pessoa vazia, que já falei/escrevi tudo o que havia aqui, remoído. Foi-se. Foi-se o tempo de dúvidas desnecessárias, de tentar entender/explicar tudo, de escrever, escrever sobre 'amor' e no fim só amar cada vez mais, sem uma única palavra ter servido de consolo. Chega, eu estou me sentindo vazia, fria, seca, tudo de ruim, sério.E engraçado é que posso dizer que várias pessoas já me viam/me vêem assim, fria,vazia,seca e tudo mais, mas eu posso dizer que não, eu não sou não, ou pelo menos não era nem um pouco, é que as pessoas erram para aprender e comigo não podia ser diferente, e é que também a escrita sempre foi meu refúgio, minha paz, ou sei lá.  E também não sei por qual motivo, razão ou circunstancia eu estou feliz. Não exatamente por isso, mas eu não sou mais aquela de antes, não mesmo. Eu só estou mesmo é cansada de acordar e dormir todos os dias completamente decepcionada comigo mesma, não é tristeza, não é drama, é Decepção e muita.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sempre falta alguma coisa, sempre faltará. E se  não sabe o que quer realmente, vai passar a vida inteira procurando "o nada", tentando preencher um vazio que talvez nunca houvesse. E chamamos isso de existir. 

domingo, 25 de setembro de 2011

Ansia.
Como um vomito que estou segurando a muito tempo. As palavras parecem sair assim. Não sei como, mas gostaria de dizer tudo de uma vez logo, assim, agora. Gostaria de nascer de novo e com o dom de me expressar  por favor.
  Essa ansia, eu quero vomitar. Ou queria? é uma boa pergunta que me sufoca. 


sábado, 17 de setembro de 2011

Uso tantas e tantas virgulas, que quando chega a hora do ponto final, esqueço e me perco, nas minhas próprias palavras,nas minhas próprias atitudes, se é que tive alguma nesses dois últimos anos. Eu me sinto perdido, no meio do nada, com todos os meus amigos ao meu redor, me sinto perdido, a cada dia, a cada tentativa inútil de escrever,a cada folha amassada e jogada no armário,  a cada cigarro que não me acalma mais, a cada dia, a cada noite. Perdido.
  Não quero que me encontrem, não preciso ser encontrado, e talvez 'encotrar' não seja a palavra certa, mas foda-se porque eu também não vou mais tentar. cansei de tentar, chega de tentativas inúteis de descrever, de tentar aproveitar minha vida ao máximo trancando no meu quarto com o som ensurdecedor ,chega de tentar entender tudo, chega de me sentir assim, PERDIDO todas as vezes que te vejo. E finalmente chega de você. Chega de vírgulas quando o ponto final já é necessário.
E chega de escrever, escrever sobre você e pensar que vai adiantar, sabendo que no final quem vai estar trancando no quarto, com uma folha de caderno em branco e com o fone no ouvido vai ser eu. 

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

 É, talvez eu tenha medo da morte. Pensar que existe céu, inferno ou paraíso é totalmente fora de cogitação, porque eu não acredito em deus, não acredito em nenhum ser superior, e não acho que isso seja pecado porque eu também não acredito em pecado. Eu procuro em todos os cantos, em todas as músicas, em todas as pessoas, no céu, nas estrelas, nas paredes do meu quarto, no vento, nos livros, eu procuro a razão disto, a razão de mim querer sempre descrever, de usar as palavras que façam um dia diferença na vida de alguém, ou não. Eu quero o simples, eu quero o complicado. Eu quero escrever, escrever uma história, quero que as pessoas me conheçam, quero sair portão a fora e correr, respirar fundo, até cansar, gritar, quero me embebedar, quero acabar com o maço de cigarros, quero dizer de uma vez por todas que eu sinto sim, falta dela, e que ela tem alguma coisa que ninguém nunca vai ter, coisa que eu não sei o que é, e que não estou nem um pouco afim de descobrir. Quero sair, estar com os meus amigos, quero estar com minha família, quero conversar civilizadamente e dar boas risadas com eles, porque eu amo sim, todos eles. Quero me trancar no meu quarto como antigamente, deitar no chão e pensar, em tudo e em todos, sonhar, dançar, gritar, cantar, ser enfim eu mesmo.
  Eu quero viver,viver e viver, essa bosta de vida nessa merda de país que me faz tão bem, e quero fazer diferença em alguém, em algo. Sim, porque o medo de viver em vão é constante, a vontade de mudar não vai embora, então decidi abrir a porta. Mas ela continua parada, então eu acordo, me olho no espelho, e vejo que quem passou esses dez anos parado fui eu.  A vontade não é pequena, mas só quando tudo for embora vou abrir os olhos. Ou não mais uma vez, ou eu esteja completamente errado, e coma o pão que o diabo amassou lá no inferno. Mas é que só de pensar no nada que vai vir depois que eu fechar os meus olhos pra sempre, eu entro em conflito comigo mesmo.
  Viver, uma palavra simples, mas difícil de ser entendida, ou não, porque eu não tenho mais certeza de nada. Será que tudo isso é em vão? É isso, essa é a questão, de tudo, da minha forma de pensar, de agir, de escrever, de tentar entender, será que tudo isso é em vão?
    Tive um sonho estranho esta noite. 

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

 Não significa nada, não preciso de argumentos, não quero mais pensar nisso. E por favor, não pergunte o que á de errado comigo, você pode até conseguir uma resposta, mas não vai ser a verdade.
  Ir dormir todas as noites com um vazio, com a certeza de o dia não ter valido a pena, não é uma coisa da qual você se acostuma. E acordar, se olhar no espelho e ver que você não está vivendo a vida que sempre quis, ou uma vida da qual se sinta pelo menos satisfeito, é uma coisa eu já deveria ter me acostumado nos meus doze anos de casado, mas não estou.
  Dizem que os filhos é o amor maior que um pai pode ter, mas quando eles preferem distância do próprio pai, quando percebe que a sua presença é indiferente pra ele, você percebe que aqueles que dizem estão errados.
    Só em dias assim posso tirar essa máscara que usei/uso praticamente minha vida inteira. Eu amo os meus filhos, Clarice é uma companhia bastante agradável. E cresci com esse conceito de que uma família que não tem amor e harmonia não é uma família  de verdade, e mais uma vez, errado. É com o tempo que você descobre que amor não é o bastante, é com o tempo que você percebe que a sua felicidade é um pouco mais importante, o que foi? É egoísmo querer sem pelo menos feliz na minha vida ?
  Alguns diriam que é fácil, "ah pede divórcio, saia de casa, viaje, vá se descobrir. Seus filhos vão ficar bem...". Disso eu tenho certeza, ele vão ficar bem. E confesso que eu também vou. Mas não. Me falta coragem mesmo, atitude. Me falta muitas e muitas coisas, mas falta muita coisa pra muita gente nesse mundo. E nenhuma vida é perfeita, todo mundo quer ser feliz, quer casar com a pessoa que ama ter três filhinhos e ser feliz "para sempre". Acontece que eu nunca quis isso, eu sempre vivi o momento. E olha o que um momento há quinze anos atrás me trouxe, tudo tem consequência, tudo. Eu sou estou arcando com as minhas.
  Tudo na vida passa, inclusive a própria vida. Eu só estou esperando, já vivi tudo o que tinha pra viver. Não estou bem, eu estive bem, todos tem aquela época da vida de só esperar o resto dela passar, já que não á mais nada a fazer, é só que "essa minha época da vida" chegou mais cedo, só isso. 

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Talvez seja como tentar mostrar o que você realmente sente, e não conseguir. Um desejo desesperado de ver um sorriso no rosto, de ouvir um 'estou bem' sincero. De ajudar, de usar as palavras e conseguir um resultado, de ver resultado. Mas essa minha mania de que palavras são o maior remédio, talvez seja esse o problema. Mas talvez eu só não esteja "conformado" que o meu sonho de fazer a diferença em algo, em alguém, de mudar algo, de fazer diferença que mude muita coisa, de dizer pra tanta gente o que elas realmente devem ouvir, não o que elas querem ouvir. De fazer a merda de diferença em alguma coisa. Talvez esse sonho não se realize, porque esses sonhos envolve pessoas, envolve palavras das quais eu não tenha usado,porque talvez não seja de palavras que esse mundo, ou o mundo do qual eu queira fazer diferença precise, talvez seja de ações, de atitude. E é exatamente isso que destrói toda a minha forma de pensamento, que destrói todo o meu sonho de fazer diferença com as minhas palavras, com os meus conselhos, que meu deus, espero que tenha ajudado pelo menos uma alma neste mundo. Se não tudo foi em vão.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

 Os meses passam, as semanas, os dias, as horas. Passam se arrastando. Como se aquele relógio verde pendurado na parede estivesse lá pra me provocar a cada minuto que olho pra ele. As pessoas viajando, fazendo planos, comprando apartamentos, construindo uma vida, nova. E eu estou aqui por seis anos, e nada mudou. Continuo morando na mesma casa,com uma mulher infeliz e sem filhos. A infelicidade ali até parece ser contagiosa, por isso me sinto só a maior parte do tempo, a maior parte da vida.
Talvez um dia eu pare com isso, quem sabe um dia eu pare também de sempre agir impulsiva mente, quem sabe eu confie em alguém de verdade, que eu deixe alguém me conhecer de verdade. Talvez eu pare com essas desculpas esfarrapadas, talvez eu pare de fazer tantas perguntas a mim mesma e tente encontrar ao menos uma resposta,concreta. Talvez eu pare de fumar, de beber, talvez eu queira apenas uma pessoa ao meu lado, por um tempo. Ou não.
  Talvez eu só precise mesmo de uma boa noite de sono, e um pouco mais de atitude, ou muito mais atitude.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Eu desisto. Ontem eu até teria uma descrição melhor para isso. Mas eu preferi ir dormir e esquecer que você existe. Fracasso.
  E até nos melhores dias, dos quais meu coração me permite aceitar que eu devo seguir em frente e ser feliz, até nessas noites você é o meu pensamento antes de dormir. E eu estou feliz, e é exatamente por isso que eu desisto. Já passou um bom tempo mas você ainda não vai ir embora do meu pensamento, dos meus sonhos e da minha vida nem tão cedo. Então eu desisto. Porque eu sinto a sua falta todo o tempo. E não importa mais, eu não vou tentar me convencer de que você vai voltar, e eu também não vou me privar de escrever o que eu realmente sinto, por "medo" de minhas próprias palavras.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Já cansei de tentar entender você. Eu já cansei de te ouvir reclamar da sua vida, cansei de fazer de tudo pra tentar ver um sorriso sincero no seu rosto, cansei de tentar te fazer feliz. Você também não colabora em nada, a maior parte do tempo está pensativa, em dúvida e preocupada com coisas que nem são tão importantes. Eu não aguento mais ouvir você falando sobre a vida, só queria saber o que te faz pensar que já viveu tanto pra estar tão certa sobre coisas que eu acho  que nem com oitenta anos vou entender, como o amor. Então para de tentar ser A madura.
  Você fala tanto sobre os seus sonhos. As vezes fico até com um pouco triste por você, porque sei que são coisas das quais realmente quer pra sua vida. Mais uma coisa que eu nem mesmo você conseguiu entender é porque não toma uma atitude. Porque fica parada esperando as oportunidades virem. É estranho mais é como se eu soubesse exatamente como é isso. Cada vez que eu leio aqueles seus textos. É, eu leio todos eles.
  Meu deus, eu queria que soubesse que eu te amo Paula. Por favor não duvide disso nem por um segundo. Porque cada vez que eu te vejo sinto ainda mais que isso aumenta, e não sei se acabo demonstrando o que eu quero que saiba. Por mim eu estaria ao seu lado o tempo todo, você sabe. Mas e você ? Me desculpa mais as suas pouquissimas palavras não estão bastando nem um pouco. Afinal, se sente alguma coisa por mim por que não fala ?
  Sei, pareço um idiota dramático mais é isso que sou. Não estou te pedindo pra mudar nem nada disso. Eu me apaixonei por você exatamente por ser o que é. Ah, sei lá,eu cansei.  Só quero que você seja feliz. Comigo. 

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Não espere pelas coisas, elas acontecem. Procure ter fé em apenas uma coisa, você mesmo. No final das contas, quem correu atrás do seu sonho, quem fez suas oportunidades, quem conseguiu te convencer á respirar fundo e seguir em frente , foi você mesmo. Não um ser/um espirito que você nunca viu, e que ninguém consegue provar sua existencia.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

      É, acho que vou sentir falta deles. Muita falta. Vou sentir fata de sentir as coisas, do frio, do calor, da música, de escrever. Das coisas mais simples como acordar, de sentir raiva, tristeza e de me sentir bem. Falta de casa,muita falta de casa,  noites sem dormir, sonhos, dos amigos que não voltam mais, dos momentos , dos cigarros, da noite, da minha mania de desejar o impossível. Talvez não o impossível mais o difícil. Vou sentir falta de tudo. Mas a saudade não está bastando pra mim. Depender de coisas que não voltam mais. E o agora também. Estou me sentindo cada vez mais vazia por dentro. E a cada dia que passa/que se arrasta, eu tenho mais certeza de que o que eu decidi é o certo/a melhor saída/a única saída.
     E não á mais palavras, nem nada que consiga me fazer mudar de ideia. Para muitos isso é uma decisão muito difícil, mais incrível que foi a mais simples que já tomei. Não me sinto bem, nem me sinto mal, não estou com raiva, e nem guardo mágoas de ninguém. Não me sinto bonita, feia, gorda, não me demiti do trabalho, apenas parei de ir. Sinceramente não me sinto de nenhuma forma. E eu não posso escrever muito , porque não dá pra descrever o nada que está tomando conta de mim. Na verdade eu estou escrevendo isso porque eu só estou esperando. Há três dias estou tomando uma dose com antiparasitários . Mas ainda estou aqui. Eu não tenho asma mas tomei o vidro inteiro de foradil. 
      Dores. Adeus mundo. Eu não vou sentir a sua falta. E descobri algo, Deus não existe. 


-Susan, 1994

terça-feira, 14 de junho de 2011

  Nada de drama. Talvez eu só esteja cansando. Não das pessoas porque eu aprendi a me manter afastado daquelas que me cansam. Mais sim da rotina. Que por mais que eu goste de ir ao trabalho porque é uma coisa que gosto de fazer e que me faz bem,muito bem. Cada vez que saio de lá me sinto um pouco mais vivo. E não consigo entender porque está me cansando se é uma coisa que sempre me fez bem, que me faz bem.   
   Talvez seja porque estou cada vez mais sozinho, cada vez mais velho. Chega um dia que você se olha no espelho e  vê que quarenta e oito anos não é uma idade pra sair para baladas, até porque nunca gostei de baladas. Meus amigos estão cada vez mais longe, se é que posso chamá-los de amigos, se fossem não estariam longe. Ah, é disse chega de drama. Não tem essa de 'ninguém me entende' . Porque ninguém entende ninguém mesmo. E se um dia alguém cheguar perto disso, de te entender, um conselho: não se apaixone por ela (e). É a maior burrada que você pode fazer. E sim no final das contas você escolhe por quem se apaixona, acaso não existe.
   "Tudo bem com você?", essa é a pergunta que mais faço no dia. Tenho certeza que a maioria das pessoas pensam: "Quem ele pensa que é pra perguntar isso? ele não sabe da minha vida dos meus problemas..."  Isso é a mais pura verdade. Mais o que as pessoas não sabem é que eu me importo com elas. Elas podem não acreditar. Eu consigo ver na cara delas que não estão bem, mas pergunto. Por que ?  É importante pra mim ?  Sim. Isso é uma das coisas que ninguém irá entender sobre mim. 
  Nada de drama.
 E esse é só mais um desabafo de um homem qualquer

sexta-feira, 10 de junho de 2011

 Um belo dia ela iria chegar em casa e entender de uma vez por todas, que a vida não é justa pra ninguém.
    Já não saia como antes, já não ria tanto , queria ficar sempre em casa. Já não lia tanto, e também não escrevia mais. Pelo menos não sobre o que sentia. Ela acreditava que para os que escreviam as palavras eram tudo. Ou quase tudo. Escrevia de coisas que não tinham absolutamente nada haver com o seu cotidiano, com o que sentia. Descobriu que evitar algumas coisas/os problemas por um tempo é um bom remédio. Ou apenas uma forma de conseguir dormir tranquilamente a noite toda.
    Todos os domingos de tarde ela ia até o parque no centro da cidade.Não podia fumar lá, então ela apenas se sentava na grama, fechava os olhos e sentia. Quando a dor estava tão forte que parecia não aguentar mais, ela sorria . Aquele vento passando por seus cabelos longos e vermelhos, era o que ela chamava de felicidade nos últimos meses.
  Sempre pensou em ir além . Além do que ela mesma não sabia o que. Mas ela vivia, e isso era o que afinal importava. Ela era feliz. Isso era o bastante. A vida no parque naquele dia ensolarado.  

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Eu nem te amo


Me despeço, já sem aquela dor aterrorizante, das partes de você que mais amo. Ainda que eu nem te ame mesmo. E me despeço das partes da sua casa que eu mais amo. Ainda que nada disso seja amor. E entro no carro já sem chorar. Os últimos três anos chorando por você serviram ao menos para me secar por dentro. Preciso me aliviar. Mas dou até risada porque acabaram os caminhos. O mundo não suporta mais esse meu não amor por você. Meus amigos espalmam a mão na minha cara e já vão logo adiantando que se eu pronunciar seu nome, eles vão embora sem nem olhar para trás. Remédios só me deixam com um bocejo químico e a boca do estômago triste, mas não tiram você do meu coração. E escrever, que sempre foi a única coisa que adiantava para os dias passarem menos absurdos, já se tornou algo ridículo. Escrever sobre você de novo? De novo? Tenho até vergonha. Nem eu suporto mais gostar de você. E olha que nem gosto. É como se o mundo inteiro, os ventos, as ondas do mar, os terremotos, as criancinhas peladinhas brincando de construir castelinhos na areia , os carros correndo nas estradas, os cachorrinhos meditando nas gramas de todos os parques do mundo, a chuva, os cartazes de filmes, o passarinho que canta todo dia de manhã na minha janela, a torta de palmito na geladeira, a minha vizinha louca que briga com o gato na falta de um marido, um cara qualquer com quem eu dormi (e todos eles parecem qualquer quando não são você). É como se o mundo inteiro me dissesse:
“hei menina, ninguém agüenta mais esse assunto! Chega!”

E no meio da noite, quando eu decido que estou ótima afinal de contas tenho uma vida incrível e nem amava mesmo você, eu me lembro de umas coisas de mil anos e começo a amar você de um jeito que, infelizmente, não se parece em nada com pouco amor e não se parece em nada com algo prestes a acabar. (…)

E lembro da primeira vez que eu te vi e te achei meio feio, vesgo, estranho. Até que você me suspendeu no ar por razão nenhuma eu tive certeza que meu filho nasceria um pouco feio, vesgo e estranho.


-Tati Bernardi. 

quinta-feira, 2 de junho de 2011

 Poucos segundos.
Ele a viu, depois de tanto tempo. E aqueles segundos pareceram passar em câmera lenta, como sempre. Mas ele a viu e sentiu mais uma vez aquele mal estar que chamam de borboletas  no estômago, sentiu que não tinha chão em baixo de seus pés, sentiu que o mundo não emitisse som algum além da voz dela dizendo um simples 'oi' , sentiu todos o membros congelarem, mas o olhar conseguiu fingir muito bem. Um olhar de quem pouco está se importando. Nisso ele era bom.  Ele sentiu tudo aquilo que a distância e o tempo lhe disseram que não iria sentir de novo, e mais um pouco. Se sentiu fraco de novo, imune a ela. E o mais incrível é que ele sentia que ela conseguia ver tudo o que se passava dentro dele, acreditava nisso talvez pela vontade de querer que ela entendesse de uma vez por todas tudo. Tudo . Entendesse mesmo sabendo que o tempo já era perdido. Mesmo sabendo que ela já não se importava, que já havia passado um bom tempo. Ele queria que ela entendesse tudo e mais um pouco. Naqueles pouquíssimos segundos.

terça-feira, 31 de maio de 2011

'Não há nada mais a fazer' . Esse era o seu único pensamento, ao acordar, ao chorar, ao sorrir,ao viver.
Dia após dia vivendo, ou melhor, apenas exsitindo. Não tinha mais sonhos, vontade de ter algo, ou qualquer outra coisa. Se sentia vazia. Mais isso era tão normal que ela mal notara a pessoa "seca" que se tornou. Apenas era isso.
   Dormia cedo acordava cedo. Uma rotina tão exaustiva, trabalho o dia inteiro. E não estava nem um pouco triste com essa vida que ela dizia ser uma vida normal. Mais ela também sabia que não estava nem um pouco feliz. Dizia que quando se chega em seus quarenta e tantos anos sonhos já não existem, são coisas de adolescente, coisas momentaneas . Sempre que dizia isso chorava, chorava de vergonha, de raiva, das oportunidades que perdeu, do marido que ela não amava, e de noite quando tinha certeza de que seu marido estava em sono profundo chorava pela vida que levava.  E pensava: 'Não há mais nada a fazer'
  

sábado, 28 de maio de 2011

Quem sabe um dia você entenda. Hoje concerteza vai dizer que não, e que eu estou errado, mais tudo bem. 
  Até pediria desculpas, mais sinceramente eu não vejo motivo para me desculpar. Foi uma escolha minha. E meu Deus, eu não aguento mais a vida. Viver dia após dia sem fazer nada além de trabalhar e pensar em você o dia todo. Isso está acabando comigo de uma forma que nem adiantaria eu tentar explicar, porque você não sabe o que é gostar de alguém, e muito menos o que é o amor.
  Você é insensível, seca. E eu te amo. E você sabe o quanto eu estou sofrendo só de escrever isso. Ah, não, você não sabe.
   Não sei quando vai encontrar isso, se é que você vai encontrar.
Agora sim eu posso dizer, você acabou com a minha vida Literalmente

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Talvez eu seja só mais um homem.
Um homem com trinta e dois anos que tem defeitos e qualidades, que gosta de música, café , cigarros e futebol. Como qualquer outro. Mais ainda sim me sinto excluido de certa forma, me sinto certo e errado ao mesmo tempo. Me sinto fraco, mas  em comparação aos outros, me sinto absurdamente forte.  Me sinto vazio quando ouço falar em sonhos, já que eu não realizei os meus. Diziam que quando se chega em uma certa idade, não existe mais sonhos, o que vale é que se tem um emprego e uma casa pra morar. Eu discordava disso. E posso dizer que ainda não concordo. Sempre me faltou algo.
  Até hoje consigo ouvir os gritos da minha mãe, dizendo que eu era um incompetente, imprestável,que não sabia o que queria da vida. E foi depois da morte dela nos meus dezenove anos que descobri com o meu sonho não é ser artista, escritor ou qualquer coisa assim. Meu sonho é não ser só mais um. 
   E é por isso que decidi isso. Precisei que essa coisa terrivel acontece comigo pra ver que a vida é só uma e o tempo está acabando. Diego era meu melhor amigo, meu irmão. E tinha apenas desesseis anos. Ele era a pessoa mais incrível, que me mostrou muita coisa. Umas das coisas que mais queria era poder descrever a morte quando ela estivesse se aproximando. Eu espero que ele tenha consigo, pelo menos para sí mesmo.
  Acabei de ir no velório do Diego,saí daquela empresa de merda. Estou embarcando para outra vida,não tenho mais casa. Estou indo realizar o meu sonho. 
 



"[...] Não sabia que era infeliz.É porque ela acreditava. Em que? Em vós, mais não é preciso acreditar em alguém ou em alguma coisa -basta acreditar. Isso lhe dava ás vezes estado de graça . Nunca perdera a fé [....]"

quarta-feira, 25 de maio de 2011

E simplesmente fiquei com vontade de te dizer isso hoje.
Você não me conhece, e sinceramente me dói muito dizer isso. Porque eu realmente pensei que você fosse a única pessoa que pudesse entender o que se passa dentro de mim, essas coisas que eu não entendo, que eu preciso falar pra alguém. Mais talvez você saiba o porque eu não te digo nada. Talvez. Porque honestamente eu não sei.
  Eu te vejo todos os dias, mais faz umas semans que eu estou com muitas saudades de você. Pra variar eu não sei explicar muito bem. Eu estou me sentindo muito estranha.
    
Tenho saudade também de saber como foi o seu dia.
Desculpa por dizer isso aqui, desculpa por esse texto completamente sem pé nem cabeça, desculpa por todas as vezes que eu fui dormir com um enorme nó na garganta precisando que você soubesse e me esclarecesse coisas que eu não entendia, na verdade nem sei porque estou te pedindo desculpas por isso. Sou eu que preciso conversar|desabafar, não você. É que eu meio que estou """te devendo""" desculpas faz um bom tempo.
 Como eu disse estou me sentindo muito estranha. E isso na verdade não era tudo que eu queria te falar.
Eu te amo . E eu estou chorando muito aqui.
Mais uma vez desculpa, não sei pelo o que.
Sou muito ingrata. Sou muito seca, não sei demonstar nada . E ainda reclamo

domingo, 22 de maio de 2011

EFETUEI UMA REVOLUÇÃO PESSOAL
Queria poder dizer/descrever tantas coisas. Ou melhor, todas as coisas que eu estou sentindo agora.
  É que eu simplesmente não estou me sentindo sozinha. E a verdade é que não tem essa de que eu não sei explicar o que eu estou sentido. Na verdade eu sempre tive medo ou receio de usar as palavras certas, as que estavam estampadas na minha cara sempre que me perguntavam se eu realmente estava bem,quando certamente eu não estava.

    Foda-se se é passageiro, realmente espero que não seja.
Estar com pessoas que te fazem bem, que te dão apoio, e que façam você chorar de tanto rir mesmo que a sua vida não esteja lá indo muito bem. É uma coisa que simplesmente não tem preço.
 Como eu disse não tem essa de  não encontrar-mos palavras para o que sentimos. Mas para essas pessoas eu REALMENTE não encontro.
Não vivi quase nada. Mais são as melhores pessoas que já conheci.

-Aquelas né. 

domingo, 15 de maio de 2011

Escrever tem sido um desafio
E eu estou na pior época da vida para escrever algo decente. Adolescência. É época de dúvidas,de descobertas, de decepções, de felicidade instantânea, de "sofrimento", de ter amigos falsos, de escolher amigos amigos e idéias que vão mostrar como os outros te vêem, época de sonhar, se iludir, de iludir, de se apaixonar perdidamente pela pessoa errada (ou que você acha que é a errada). Porque na verdade não existe a pessoa certa ou errada. E de escolher algo que seja enfim pra vida toda.
  E é isso, a época que passa muito devagar, mas quando chega em seus dezoito, dezenove anos parece que passou correndo. E isso não acontece só com adolescência.
  Mas enfim. Não estou aqui para falar disso . Na verdade eu não estou aqui para falar dos meus medos, do que me falta, do que tanto quero, do que eu sinto. Na verdade quando escrevo sobre essas coisas apenas aumenta o desejo de DESCREVER.
  Mas a imaturidade prevalece. E é isso faz eu não conseguir encontrar as benditas palavras.


  Eu esperava um texto melhor, como sempre 

domingo, 8 de maio de 2011

A primeira coisa que me veio a mente, foi quando vi ele pela última vez, e a última coisa que ele me disse. Com ela também foi assim.
  Eu chorei. Nunca fui muito próxima deles, nunca convivi muito com eles. É uma coisa que eu não conseguiria explicar. Foi só muito derrepente .

sexta-feira, 6 de maio de 2011

 Nunca me senti completa e incompleta ao mesmo tempo. Nunca me senti tão sozinha.
Me falta algo, me falta confiança, me falta companheirismo,me falta conselhos, me falta fidelidade,me falta felicidade, me falta risadas, me falta o que eu chamo de amigos .

terça-feira, 3 de maio de 2011

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Acho que desta vez você vai ir embora de verdade. E não é nada ruim, não é nada bom. Você simplesmente foi, e eu só percebi quando já estava longe. Se foi melhor é claro que uma parte de mim ainda vai dizer que não. Essas coisa é muito pior negar, mais um lado meu também sabe que é melhor, muito melhor.
  Você nunca mais apareceu nos meus sonhos, e eu também nunca mais perdi o sono, a fome ou a vontade de tudo por sua causa. Foi aos poucos, e rápido de mais ao mesmo tempo . Mas a verdade é que eu estava negando muita coisa pra mim mesma a algum tempo . Por medo 
    Concerteza sempre que eu ler poemas de amor, ouvir uma músicas sobre, eu vou me lembrar de você. Isso é inevitável. Mas eu finalmente vi que isso não quer dizer que eu precise sofrer, esperar, não quer dizer que eu sinta o mesmo. Ou melhor eu finalmente admiti isso.
  Você se foi. E a verdade é que passei muito tempo evitando dizer que de um tempo pra cá não sinto mais a sua falta. E a verdade mesmo é você já se foi a muito tempo .
  Descobri que nós nunca esquecemos as pessoas . O tempo apenas passa.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Não há palavras. Não é questão de explicar. Não é questão de nada. É só que ele não se sentia daquele jeito a muito muito tempo, e mesmo sabendo que era maravilhosamente errado, e mesmo sabendo que aquela alegria culpada, a alegria que mais lhe dava prazer iria acabar,ou instantaneamente ou com o tempo .                  
    Mas ele não sonhava mais de noite, ele não estava mais se importando , não se sentia mais oco/vazio, ou aquela sensação de olhar para os lados e necessitar de algo que não sabia o nome.
 Ele tinha um sorriso naquele rosto.    

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Faz muito tempo que eu não escrevo nada,
Acho que foi porque a TV ficou ligada
Me esqueci que devo achar uma saída
E usar palavras pra mudar a sua vida. ♪ 



Não gosto de pessoas que se mostram superiores aos de mais, quando na verdade ninguém é melhor que ninguém. Não gosto de pessoas que não respeita a opinião de ninguém. Não gosto de pessoas que quer sempre se mostrar melhor, mais inteligente, mais maduro, e etc.
  Eu já Fui assim. Admito. Mas descobri que simplesmente ODEIO pessoas que se portam dessa forma, tenho uma agonia inexplicável por pessoas assim. Principalmente quando elas não são assim sempre,com os outros usam uma máscara maravilhosamente Perfeita.   E isso que faz eu me sentir completamente sozinha.
odeio me sentir sozinha.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Eu esperei. Eu sentei, deitei,chorei, dormi, e esperei.
As horas passaram, os dias, os meses,eu cresci, amadureci.
Mudei de bairro, de cidade. Me casei.

Mas todas as noites eu sonho com aquele
garoto de cabelos castanhos, e um olhar
inexplicavelmente hipnotizador. Segurando
a mão dela e dizendo : Eu espero que um dia
você seja completamente minha, eu vou estar sempre aqui.

Acho que isso é que deve ser amor. 
Incompreensão.
Sem apoio,sem conteúdo, sem material,sem dinheiro, sem coragem,sem sorriso.
Mas com um dom. O dom da arte,da música. Precisava de ajuda, precisava de alguém.
E tinha alguém, longe de mais, ou talvez perto de mais.

A vontade de  ajudar lhe atingia
mas como? Se o próprio temperamento ela
mal compreendia ?
Ele tinha um dom. E precisava encontrar
uma saída. Iria encontrar uma saída
seja como for.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Nunca fui uma pessoa muito presente, em todos os aspectos. Nunca fui uma pessoa que sempre cumpre o que promete, e sempre me diziam que este é o meu maior defeito. Porque passei a maior parte da minha vida tentando surpreender. Mais a mim mesma do que as pessoas ao meu redor . Porque comigo era mais uma questão de pensar e de sonhar do que de levantar de agir. Passei os longos anos da minha vida exatamente assim. Dizem que o tempo passa mais a pessoa nunca mudam . Agora, eu tenho certeza. Hoje, eu tenho certezas, e não mais dúvidas.
   Sempre fui de sonhar muito. Aliás, quem não sonha ? . Mas os meus sonhos acho que principalmente os da juventude, aqueles sonhos eu tinha uma certeza dentro de mim, de que eu iria realiza-los que hoje até dói. Porque a minha vida inteira, acima de toda a felicidade que eu vivi, Sempre me faltou força de vontade, atitude, ou como você preferir chamar aquilo que está dentro de você mas que na maioria das vezes o medo consegue ser maior.
  Sempre me importei muito com as pessoas, embora nunca demonstrasse isso antes. Mais sempre pensei muito nelas. Em todas elas, até mesmo no garoto chato, da minha época de colégio. Alfredo. Estava me lembrando dele noite passada. Eu detestava quando ele vinha e me contava aquelas piadas velhas e sem graça. Detestava quando ele pegava minhas coisas sem permissão, detestava aquele chapéu azul que ele sempre teimava em usar, mesmo eu dizendo que não lhe caia bem. E eu detestava quando ele faltava. Então quando eu me mudei de colégio percebi o quanto aquelas risadas, aquelas piadas sem graça me faziam falta. E chorei. E eu senti saudade mesmo,de tudo, absolutamente tudo. Até das vezes que eu morria de raiva dos meus pais, das vezes que eles gritaram comigo.Senti saudade de casa, dos meus irmãos. Saudade de acordar e não ter vontade de ir para a escola. Senti saudade de respirar fundo. Sem me preocupar com nada.
   Hoje eu estou aqui nesta cama de hospital. Esperando. É, eu estou esperando a hora que todos pensam que demoram muito pra acontecer, mais todo mundo sabe que acontece. Eu posso dizer que, eu não aproveitei a minha vida ao máximo, eu não pulei de para quedas, nem disse pra unica pessoa que eu amei que eu amava ela.Na verdade, acho que ele sempre soube disso. Eu nunca bebi até não me lembrar mais de nada no dia seguinte, eu nunca coloquei um cigarro na boca. Mais eu digo com toda a certeza, eu fui feliz. Disso eu não tenho dúvida. Descobri que quando mais eu colocava na minha cabeça pra aproveitar minha vida, eu pensava de mais e vivia de menos. Mais eu fui feliz, conheci pessoas maravilhosas, tive a melhor família do mundo, que não era lá muito unida, mais todos nós sabíamos que nos amávamos muito . Eu conheci ele. Que com um olhar apenas, tirou todo o meu sono por anos. E eu com muito orgulho descobri tudo. Me descobri, eu receava tanto que esse dia chegasse, mais ao mesmo tempo eu gostaria de vive-lo. Porque eu sabia que certas coisa só iriam fazer sentido hoje, apenas hoje. E eu não vejo motivo pra ficar triste agora. Porque ficaria triste? Eu vivi. Não como minha mente planejava, mais como eu no final das contas vi que era o bastante. A coisa mais incrível é que hoje eu não tenho arrependimento algum.  E hoje eu estou aqui, escrevendo. Eu sempre amei isso, e uma das coisas que eu mais queria na vida era escrever nas minhas últimas horas. Eu também estou chorando a horas. Mais isso é natural.
  Só tenho uma coisa a dizer antes de me deitar e apenas me recordar de tudo, coisa que eu sempre faço antes de dormir. Só quero dizer uma coisa: Meu amor está noite como todas as outras eu vou sonhar com você. Você foi a maior felicidade do mundo pra mim, você fez absolutamente tudo valer a pena. Me desculpe, e muito obrigada, Por TUDO.
  Este dia demorou muito para chegar.
Quanto mais eu te amo, mais amor me falta

quinta-feira, 14 de abril de 2011

terça-feira, 12 de abril de 2011

Houve um tempo em que eu perdi a graça, não que eu tivesse muita antes, mais é que até as pessoas mais distantes de mim me estranharam. Houve um tempo em que parecia que eu não tinha coração, sentia apenas aquele vazio, constante. Houve um tempo em que as lágrimas eram mais fortes do que eu, e que meu sorriso era um pedido de socorro.Houve um tempo em que eu vivia rodeada de pessoas, mas me sentia sempre sozinha, eternamente sozinha. Houve um tempo em que eu não soube demonstrar o que sentia pela  pessoa que mais me fez falta. Houve um tempo em que eu não queria sentir mais nada. Nunca mais.  
   E houve um dia em que eu acordei e vi que o tempo passa. Os sentimentos nem sempre. E era isso que me fazia pensar que eu estava presa ao passado. Quando na verdade eu não estava vivendo.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Hoje eu desabei. Subi as escadas correndo para ninguém me ver daquele jeito. Eu mesma não esperava isso de mim, pelo menos não hoje.
 Ultimamente sempre que eu estou perto de pensar em coisas que não deveria ou, quando estou com vontade de falar, desabafar = Escrever. Eu corro pra cá. Apenas escrevo e vou embora. Como se tivesse pagado uma dívida. Com um alívio.
     Mas desta vez. Foi tão "automático" que nem precisou de papel e caneta, desta vez eu precisava que a voz saísse,  nem que fosse através de um desesperado : " eu não aguento mais" . Mas desta vez eu precisei de palavras.Da voz. Palavras que não adiantaram de absolutamente nada. Serviram apenas para mim perceber que eu já estou acostumada com isto. É só que todos tem os seus dias/momentos escuros.
        Não queria que ninguém visse o meu estado naquele momento. Mas ela viu. E não podia ter perguntado coisa pior : "O que houve?".  Naquele momento simplesmente o soluço e grito desesperado não deixaram  a palavra mais óbvia sair, eu não consegui dizer que não era Nada desta vez.
Desabei.
Talvez eu não devesse estar escrevendo isso. Porque a época não é muito boa. É a época em que eu fico sensível, triste. É a época em que eu mais preciso de você.
 Explicar, duvidar, temer, são palavras que já saíram a muito tempo do meu vocabulário. Desde que eu descobri que era você. Mais ninguém .

 E esse mal estar, que eu  costumava chamar de borboletas no estômago. 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Essas pessoas,rostos estranhos,conversas longas e vazias, dizendo muito mas não dizendo nada.Música baixa, folha de papel de papel amassada, em branco. Um maço de cigarros fechado. Aquele escuro  que não presenciava desde que tinha 6 anos, quando tinha medo de noite. Estava debaixo das cobertas, com a mente fechada, com os olhos abertos, a respiração ofegante. Apenas o desejo de permanecer ali. Por dias, ou o tempo que fosse necessário para preencher. Anos e anos tentando esvaziar tudo o que havia dentro do que chamava de coração.Mas como sempre o tempo lhe mostrou que o vazio não diminuía a dor, a angustia e muito menos a  saudade. Palavra que por algum motivo lhe atingia de uma forma, que ele odiava não conseguir explicar.
   Apenas o desejo de permanecer ali. Isso não era pior, ele sabia disso.
 Adormeceu.
Só ter você por perto, já solucionaria a maioria dos meus problemas.

domingo, 3 de abril de 2011

As vezes você escreve uma música pra alguém involuntariamente
Me olhei no espelho e percebi que talvez o que eu conheça sobre mim não passe daquele reflexo .

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Nota: Nunca tente explicar o AMOR quando você está APAIXONADO
Quem é você ?
Eu não quero saber o seu nome, nem os seus gostos, suas manias, sua aparência , seu estilo , sua crença, sua cor. Eu quero saber, se você sabe quem é .
























Porque eu não sei. 

sexta-feira, 25 de março de 2011

Eu sei que você está em algum lugar agora, em um lugar bem longe. Mais não sei dizer se me importo realmente com isso. À alguns dias não sei dizer se me importo. Eu consegui fazer uma coisa que pensei que nunca conseguiria: ignorar. Eu estou olhando adiante agora, e não mais para trás/ para você .  Parece pouco, mais isso pra mim é um avanço e tanto.



                                           Você estará sempre comigo.

E eu não vou mais tentar explicar nada. Apenas é. 

terça-feira, 22 de março de 2011

Tantas mais tantas coisa passando pela minha cabeça,mais mesmo com tudo isso. Eu adoro,tenho paciência e tenho maior prazer em ouvir pessoas. Me faz bem. Não a motivos
Me falta força de vontade, me falta confiança, me falta amigos, me falta tantas e tantas coisas materiais, me falta ânimo, me falta apoio, me falta confiança, me falta companheirismo, me falta música, me falta muita inspiração, me falta, me falta vontade, me falta liberdade. Me falta força de vontade. 

domingo, 20 de março de 2011

Às vezes eu sinto como se eu não pertencesse a esse lugar. Eu penso de forma diferente e pareço estar sempre fora de sintonia. Isso não é algo muito bom. Isso me causa diversos problemas e cria dentro de mim uma confusão absurda. É aceitação. Eu não consigo aceitar certas coisas e me calar, mesmo porque se eu me calar darei a entender que sou igual, que penso igual e concordo com eles, mas na verdade eu discordo. Às vezes eu passo a impressão de que não sou feliz, mas eu sou e muito. Eu só não consigo pertencer a esse lugar e a essa sociedade

(anônimo)
Perca de fé. Talvez seja isso.

sábado, 19 de março de 2011

Estou dizendo isso com a sensação mais estranha que já senti : Foda-se você, foda-se, eu não quero mais saber. Uma sensação mais horrível do que ótima.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Há dias estava assim. Com uma sensação que a muito não sentia. Estava feliz. Estava sorrindo, estava em paz,em paz consigo mesmo. E estava estranhando muito isto. Porque simplesmente não havia nenhum motivo especial. E se houvesse estava muito estampado na sua frente para que ele não conseguisse enxergar/entender.
     Aceitação. Talvez fosse isso. Aceitação. De que a vida é assim, ou que nunca conseguimos tudo aquilo que desejamos.Que a vida sempre tem altos e baixos. Mais que a maior parte do tempo ele estava em meio termo'. Aceitando que amor não é as mil maravilhas, e que não importava o tempo. Iria ser sempre ela.
 Estava aceitando, estava amadurecendo.
Liberdade. O desejo mais profundo em cada um de nós. Uma vontade de ser,de ir,de se provar. Talvez seja com uma mistura de força de vontade. Mais a liberdade é o que no final das contas todos nós queremos. Mas como encontra-la ? Saindo portão a fora e andar por ai ? Pegar o carro e sair sem destino ? 
   Acho que liberdade não está em um bar de esquina. Ela está dentro de nós, e se você ainda não a encontrou, é porque você ainda não se tornou você mesmo. 
Ainda não de descobriu. 

quarta-feira, 16 de março de 2011

Tantas ideias, tanta mais tanta vontade de dizer. De transformar tudo em palavras. Porque será que os nossos maiores desejos, sentimentos, ideias . Pelo menos a maioria deles nunca procuramos "mostra-los" . Não sei se sou só eu desse jeito. 

No meio da aula de português, cabeça abaixada, encarando aquelas explicações do caderno, mais com a mente em outro lugar. Em nenhum em especial, apenas bem longe dali. Se fazendo uma pergunta que a dias não conseguia responder: "E agora?" . 
  Havia muito o que fazer. Mais havia esquecido que estava com o caderno aberto, havia esquecido até que aquele ventilador estava congelando a sala e estava sem casaco. Estava agora olhando para o chão, pensado em nada e em tudo ao mesmo tempo. Não havia acontecido nada de tão grave nos últimos dias, mais é que ela apenas tinha acordado e visto que queria algo mais que "aquilo" . Era o máximo que conseguia dizer sobre o que sentia. Sinceramente estava  muito estranha. Nem bem e nem mal. Mais havia algo ali bem a frente que ela estava fazendo de tudo pra enxergar/explicar. Algo que ela a anos tentava escrever para entender. Mais percebeu que precisava de outros meios. De outras formas de descobrir o porque daquilo. 
    Não havia mais confusão em sua mente, mais eram as certezas que lhe assustavam, as certezas mais inexplicáveis  . Não sabia como, mais tinha/precisava ir além daqueles textos e frases inacabadas. 

 Se levantou, não pediu licença a ninguém. Apenas foi lá fora para respirar um ar puro. O frio não lhe incomodava. Se sentou em baixo da maior árvore do jardim. Respirou fundo. tanta mais tanta vontade de dizer...
      Ela havia descobrido o amor. 

sexta-feira, 11 de março de 2011

Eu não sei, é só que as vezes eu me sinto mal por pessoas que se limitam a apenas uma idéia.

quinta-feira, 10 de março de 2011

E é isso , eu te amo. Só queria te dizer pra você parar com aquelas suas dúvidas. Satisfeito ? 
E eu não vou correr atrás de você.Você me conhece não é?, você sabe que eu não sei porque,você sabe que eu estou deixando cada vez mais aquele mundo de dúvidas, mais as dúvidas mais cruéis sempre continuaram comigo. E sim, eu me importo, eu penso, tenho vontade de voltar atrás. Mais sejamos realistas, o tempo não volta. Eu te quero de volta, e você também, mais parece que a vida não quer. E vai ser exatamente assim. E pois é, eu continuo aquela estranha de sempre. Você viu meus textos antigos né? Pois é, fique tranqüilo, todos os textos sobre você estão muito bem guardados, e você não vai lê-los . Só queria te dizer uma coisa para nós dois dormimos bem esta noite. Eu te amo, e acredite quando eu digo que o que eu sinto você nem imagina. 




Ana.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Tenho que parar de rabiscar meus rascunhos porque sempre quero eles de volta. Sincera mente eu nunca me achei boa o bastante pra nada. Sempre que venho escrever fico meia hora olhando pra essa folha branca, que a cada frase eu rasgo a folha e recomeço. Mais eu nunca soube o que realmente quero escrever. Literalmente.
        Prefiro nem citar o primeira coisa que me vem a mente quando pego o caderno. Porque eu já deveria deixar de falar sobre isso a muito tempo. E esse texto está sem pé nem cabeça.
       E a cada dia que acordo, venho com a esperança de ser. De conseguir. De agir. Mais preciso de uma forma pra agir. Preciso de verdade é de apoio, porque palavras qualquer pessoa pode te dar, mais apoio de verdade é que é difícil, e eu me sinto muito fraca só de pensar nisso. Não consigo agir por mim mesma. Ou será que consigo ?

 Tenho que parar de rabiscar meus rascunhos, porque sempre quero eles de volta, e querer voltar atrás é um do meus piores defeitos.
[...]

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cansado. Não dava mais. Acordar todos os dias e ver que não mudava nada. E mais um dia, discutir com seus pais, coisa que o deixava triste mas estranhamente já estava acostumado e não gostava disto . Sincera mente ele não via felicidade de verdade naquela casa a algum tempo. 

 Escola, casa, música. Era  sua vida, já estava acostumado de estar cansado, entediado, achava tristeza um sentimento comum, odiava pessoas dramáticas e melancólicas, mais era a pior que conhecia. Tirando os raros dias que saía com os amigos. Onde fumava e bebia, coisa que por algum motivo lhe dera prazer a vida inteira. 

E está era a sua vida, e por um longo tempo iria permanecer exatamente assim. 

Mudar? Arriscar? Viver? Era a coisa que mais queria. Coragem? Não sabia se era a palavra certa. Mais algo lhe faltava. Algo. Que não sabia o que era, mais algo que lhe desse alguma razão para ... mudar, viver arriscar. Para se conhecer. 

camila
Você disse que ia ficar. E nunca mais voltou. Você disse que me amava, e não me amou. O que você quer de mim afinal. ? Ana estou cansado. Eu te amo. E isso sim é sincero, não preciso te flores,e nem nada pra te provar, mais se você acha que minhas palavras já não são o bastante. Eu ... 




Desculpa tá? Eu te amo, te ligo. 




Tom.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A cada texto a esperança de ser melhor , ou ao menos diferente de antes. A cada palavra a procura da certa, ou talvez a que ajude a sair dessa agonia de não sei explicar. A cada dia a esperança de aproveita, de viver de verdade. A esperança de descobrir quem realmente sou, esperança, vontade de ser tudo aquilo que sonhei um dia. Gritar, vontade de sumir de tudo e de todos, vontade de mostrar que sou capaz, vontade de escrever o que só vou entender no último dia da minha vida. Esperança de responder a mais difícil pergunta: 'Por que?'

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

As horas se arrastando cada vez mais. Sinceramente não sei mais o que fazer.

 Na verdade não a mais nada a fazer. Realmente . Parece que eu não tenho saída mesmo. A única coisa que eu to esperando ultimamente é o tempo passar, fico quase sempre com esse pensamento. Mais e se eu deixar o tempo passar e quando for ver já é tarde, quando for ver não aproveitei minha vida. ?

E o que eu não consigo entender. É porque isso foi me "incomodar" logo agora. Depois de tanto tempo. Porque quando eu decido que vou realmente Viver, isso volta ? Daria tudo para obter uma resposta. Pelo menos uma.

 E não sei porque, mais, quero (espero) guardar isso apenas pra mim. E sou muito estranha e masoquista ;

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Estranho é você acordar todos os dias com vontade de mudar a sua vida, e acabar fazendo tudo igual.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Já acreditei em tantos 'Para sempre' . Acreditei mesmo, tanto nas amizades, quanto nos nos relacionamentos, acreditava mesmo que podia estar perto de tal pessoa até morrer. Mais é claro que era tudo "fantasia" do momento.

Já sentiu, pelo menos alguma vez na vida que palavras não são o bastante? Pois é. Sinto isso quase sempre.Tanto em demonstrar sentimentos, quanto em escrever uma música, ou um texto. Sempre senti que podia ir 'além das palavras' . Mais ainda estou à descobrir como.

Percebi que as pessoas que eu amo hoje, que sempre estiveram comigo a vida toda, ou não, mais de algum modo sempre estiveram ali, foram as pessoas que nunca prometi estar pra sempre. E eu cheguei a esta conclusão, hoje que uma colega minha da 4ª Série veio aqui em casa, perguntou como andavam as minhas férias e me convidou para ir ver o irmão dela que nasceu. Eu sinceramente fiquei muito surpresa. Feliz. Porque nesses (quase) 3 anos que a gente não se falou de verdade, todas as vezes que nós nos víamos, falava-mos pelo menos 'oi' . E sem pensar no hoje,eu posso dizer que ela foi a melhor amiga que eu tive na escola. Posso dizer que ela era a única pessoa na escola com quem eu era realmente eu mesma. E sim, é uma coisa muito pequena pra mim ter chegado nessas conclusões mais, isso me deixou feliz. E me fez perceber que todas as pessoas que eu nunca jurei amizade eterna estão comigo. E são as pessoas que eu mais amo.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Como em qualquer outro dia, mais conversas, mais solidão. Mais cigarros. Entre um trago e outro, uma tosse. Uma tosse cansada, de um homem cansado. Cansado de tanto andar em círculos. Cansado das mesmas pessoas, cansado daquilo que chamava de vida. Cansado de correr, correr, e nunca alcançar, ela a tão esperada felicidade.

Já estava em uma certa idade que ficava difícil "aproveitar a vida". E até que tinha aproveitado, do jeito dele. Com suas músicas e seus cigarros. Com seus "amigos" e suas noites em claro. Mais, ele não chamava aquilo de aproveitar. Chamava apenas de adolescência, tudo para ele não passava de uma fase. Mas até que chegou uma fase, que ele chegou a conclusão de que era a sua 'fase final' .

Não tinha mais coisas importantes a fazer, era aposentado, e não diferente de antes.Sozinho. A unica coisa que lhe ocorrera no momento é que o café havia esfriado e o precisava comprar um maço de cigarros.

- Camila; Clemente.

Não adianta mais, eu já devia ter visto a muito tempo que não adianta.
Sinceramente não faço a mínima idéia do porque estou desse jeito nos últimos dias, não sei se é porque aquele dia você veio aqui em casa, e eu quase não dormi de noite, e vi que essa merda de sentimento que existe dentro de mim por você ainda continua comigo. Não sei se é porque um dia eu acordei e vi que desde aquela noite que você disse que não dava mais , não mudou absolutamente nada . É, talvez seja pelos dois motivos, e por outros mil que estão entalados na minha garganta, e que só de pensar neles, me fazem chorar.
Ai meus Deus, você não faz idéia do quanto eu odeio escrever sobre você depois de tanto tempo, mais é que se não for assim eu acho que explodo, acho que ainda sou fraco. E me sinto triste de admitir minha fraqueza também. Mas é sim.

Não adianta mais, você é uma ferida que sararia se eu parasse de cutucar, mais sim, eu ainda sou idiota o bastante,sou masoquista, faço questão de mecher na ferida pra lembrar da dor. Porque? A resposta eu mesmo me poupo de procurar.
E entre essas quatro paredes do meu quarto eu tento ir para um mundo só meu. Tento sonhar de novo.


- Tom.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

E esse frio na barriga que me veio essa tarde.

Eu cheguei a até ter raiva de mim mesma por estar pensando nisso, mais essa raiva não adianta mais. Á algum tempo eu vi que não adianta de nada, ter raiva, e muito menos ficar triste, porque esse 'nada que vem depois das minhas noites sem dormir, só me deixam com ainda mais certeza de que é você, e eu não sei se gosto disso.
Raiva de mim, mesmo não adiantando é inevitável não ficar com raiva por lembrar que á um ano atrás estavamos nos conhecendo de verdade. Ou era eu que estava te conhecendo? Acho que eu nunca vou saber se você me conheceu um dia.
O tempo passou, passou, e esse nó na garganta que eu sinto quando penso em você não passa. O tempo passou e eu descobri que você não se importa mais. O tempo passou e o que eu senti quando você disse que me amava não vai passar. Mesmo que não tenha sido verdade.

E esse frio na barriga que me veio essa tarde, me fez lembrar que eu odeio fazer drama, eu na verdade não estou fazendo drama, é só que eu ouvi aquela nossa música que fiquei tanto tempo evitando de ouvir. E me lembrei de você. E mesmo sabendo de que essas palavras não vai sair daqui, e mesmo eu não fazendo a mínima idéia do porque estou escrevendo me dirigindo a você, mesmo sabendo que você não se importa, eu queria dizer que... as vezes você ainda me deixa acordada me perguntado "e se...?"

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Acho que todo mundo já deve estar cansado de ouvir que a vida é curta, que você tem que aproveitar cada minuto e etc. Mas acho que ninguém parou pra pensar que só se tem uma vida para fazer tudo o que aquilo que deseja, para dizer tudo o que você gostaria de dizer, e para realizar todos os sonhos. Por que eu não acredito em sonhos impossível ? Acho que se esse sonho está destinado a você, é porque você consegue realizar, tem capacidade pra isso. Nós não somos destinados a nosso sonho por acaso.
E existem pessoas que tem medo de agir de tal forma por ter medo do que os outros irão achar. Algumas pessoas não são elas mesmas grande parte de sua vida, ou até a vida inteira. E me pergunto por que essas pessoas não enxergam que elas só tem uma chance de vida, apenas uma. E elas "vivem" com medo, vergonha, receio. Vá a ponte mais próxima e se jogue se você acha que nada disto vale alguma coisa. Ou vá até a pessoa que você ama e diga que ama ela. Vá, ligue o som no último volume, e sinta a música. Tome alguma atitude, grite, pule, corra, beije, abrace, dance, cante. Faça o que quiser hoje, você só tem uma chance de viver.

sábado, 8 de janeiro de 2011

"TRI, TRI, TRI..." Ele acordou assustado com o barulho do despertador. Eram 6:00h , tinha tido um sonho esquisito. Mas nada importava, hoje seu pai tinha lhe prometido a guitarra que tanto sonhara. Dali á uma semana iria fazer 14 anos. E ele estava ansioso para este dia não chegar, não gostava do dia do seu aniversário. Até porque as únicas pessoas que lembravam dele eram seus pais e irmão mais novo.
Se arrumou para a escola, tomou café como sempre e foi. Sua escola ficava a alguns quarteirões de casa, então ele ia andando. Sempre encontrava as mesmas pessoas pelo caminho, indo trabalhar ou indo a escola como ele.
Tudo estava normal, mas não era um dia qualquer. Chegou em casa, e para seu desânimo, logo encontrou seus pais discutindo na cozinha. Eles gritavam mais do que na última briga, então ele decidiu subir logo para o seu quarto.
Alguns minutos depois seu pai bate na porta, pele para ele se sentar, e ele logo já entende tudo...
- Á, meu filho você sabe como é né? Sou só eu que pago as contas nessa casa, eu sei que te prometi a "gitarra" mais, a esse negócio de música não tem mesmo futuro...
Então mais uma vez ele fica sozinho no quarto, com toda a felicidade que estava á 10 minutos atrás indo embora. Colocou então o som no último volume. e ouve sua mãe falando da porta:
- Não fique assim, você sabe como é seu pai não é Tom? .


-Camila.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Era 15 de Maio. Seu aniversário. Muitas lembranças passando pela sua mente, mais uma delas falava um pouco mais alto no momento. Uma nada feliz. Dali a 2 dias iria fazer 7 anos que sua ex namorada sofrera um acidente de carro, do qual morreu tragicamente. Ele não a amava,nem sentia algo por ela forte o bastante para faze-lo chorar. Pois ele não sentia saudades dela. Se sentia apenas triste, por nada na sua vida dar certo de verdade. Se sentia triste pela morte de uma pessoa que o amava.
Ele não falava muito em amor, e também não se apaixonara mais. Depois de Ana. Sim a unica mulher que ele amara na vida. E que o deixou por nenhum motivo em especial .Apenas deixou. E depois de anos e anos, mesmo ele totalmente ciente que que ela não irá voltar, ainda conseguia lhe dar embrulhos e borboletas no estômago, conseguia lhe tirar o ar e até aparecer em seus sonhos. E esperava. Inexplicavelmente, esperava, até o último dia de sua vida. A unica mulher que ele pensava e chegava a conclusão de que palavras não eram o bastante. Não importava o tempo era ela. Ana.

Quando voltou a "realidade" , tinha até esquecido de que era seu aniversário.E nem se importava, porque ninguém ligara mesmo. Não tinha amigos de verdade, á 2 anos teria descoberto o que eram realmente pessoas falsas e oportunistas.
Já era tarde , a chuva fazia barulho lá fora. E a noite não podia ser pior, estava sozinho, com o café que já esfriara, deitado na cama, com a cabeça encostada no caderno em branco, os pensamentos nela, e agora tinha 42 anos.

-Camila.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Os últimos 13 anos tinham passado tão rápido que ele nem percebera. Todo fim de semana estava sempre cheio de convites e compromissos, tinha uma agenda cheia. Morava sozinho em um apartamento na cobertura.
Pessoas ao seu redor que ele costumava chamar de amigos. E uma linda namorada. Qual ele sempre presenteava com jóias, flores e etc..
Ela o amava, ele a achava uma mulher bastante atraente. Ele tinha tudo o que queria nas mãos,inclusive ela.

Até que o tempo passa. E ele vê que a vida que vivera até hoje, era a vida que seu tinha planejara para ele. Até que ele percebe que lutou tanto pelo orgulho do pai que esqueceu de uma coisa que era tão essencial.

Então o telefone toca, sua namorada tinha sofrido um acidente de carro, saiu de seu apartamento muito perturbada depois da briga que tiveram horas antes. Da qual ela recusara pela terceira vez, sues presentes caros, que não tinham sentimento algum.


...e ele esqueceu de uma coisa que era tão essencial. Felicidade


-Camila.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Aquela era só mais uma tarde nublada e gélida para ele. Vendo o seu filme preferido pela milésima vez. Tomando uma caneca de café, enquanto a noite se aproximava.
Era só mais um final de uma tarde fria e tediosa, nada diferente das últimas semanas. Seu chefe tinha lhe dito que trabalhara muito nos últimos anos, e mesmo ele negando, decidiu lhe dar umas férias.

Até que caiu a noite, e assim veio a manhã, e depois mais uma tarde tediosa. Os dias iam se arrastando. Mas ele não tinha vontade de sair de casa, á anos que não se via animado para alguma coisa. Estava perto de seus 50 anos de idade, e não tinha nenhum filho, e nem era casado. Ao decorrer dos anos ele se via cada vez mais sozinho, com seus filmes cd's, livros, e seu inseparável caderno.

As horas, os dias, os meses, e os anos se arrastavam, e não importava o quanto ele trabalhasse, não importava o que ele escrevesse, não importava o que ele fazia para manter uma vida, supostamente vivida.
Todas as noites antes de realmente pegar no sono. É nela que ele pensava.


-Camila

Á, se tudo o que se passa pela minha cabeça eu escrevesse

Acho que eu não tenho quase nada escrito sobre os melhores dias da minha vida, já sobre os tristes. Tenho vários textos, e eu acho isso muito ruim.

Eu estou numa "época" muito inexplicável, eu estou feliz, e me sentindo "livre", não me importo nem um pouco com o que os outros pensam ou irão pensar de mim. Porque eu sou desse jeito mesmo, estranha. E tenho fé até de mais nas coisas. Mas foda-se, coisas simples e pequenas, fizeram ser o que sou hoje. E eu sou eternamente grata as pessoas maravilhosas que Deus colocou na minha vida. Elas são grande parte do que eu chamo de felicidade, se não for a maior.
E sim, eu estou feliz, sem nenhum motivo especial.
E esse texto, foi o máximo de resumo do que se passa por essa cabeça confusa nesse últimos dias.

sábado, 1 de janeiro de 2011

é, primeiro de Janeiro de 2011. Aqui estou eu.

E não vou dizer que não faço a mínima idéia do que escrever porque pra falar a verdade eu sempre tenho, a unica coisa que me falta as vezes são as palavras.

Nossa hoje eu passei a tarde inteira sozinha, em casa, e quando os meus pais chegaram, eu senti aquela sensação de que "vai começar tudo de novo." Isso é óbvio, mais á anos e anos que eu estou completamente cansada dessa convivência, acho que todos aqui no fundo sabem que não somos uma unida e família feliz, mais ninguém nunca disse. E só vivendo pra saber como dói viu.

Eu não estou triste, já me cansei de estar triste. Porque na realidade eu não sou assim, já chorei tantas e tantas vezes por coisas inúteis, mas me arrepender, nunca! Eu nunca, jamais me arrependi de nada, ou voltei atrás por nada e ninguém.

Mas as vezes que meu pai me abraçava sempre senti vontade de chorar. Por culpa de não amar ele como um filho deve amar seu pai. Por não conseguir entender porque ele é a pessoa mais incompreensível do mundo. E por não entender porque a minha vida tinha que ser assim. Totalmente confusa e diferente de todas.

E isso me faz chorar, e dói muito. Mais por um motivo totalmente obscuro, eu já estou acostumada. E como o meu pai diz, quem sabe no dia que ele for embora pra sempre eu entenda.