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sábado, 22 de janeiro de 2011

Como em qualquer outro dia, mais conversas, mais solidão. Mais cigarros. Entre um trago e outro, uma tosse. Uma tosse cansada, de um homem cansado. Cansado de tanto andar em círculos. Cansado das mesmas pessoas, cansado daquilo que chamava de vida. Cansado de correr, correr, e nunca alcançar, ela a tão esperada felicidade.

Já estava em uma certa idade que ficava difícil "aproveitar a vida". E até que tinha aproveitado, do jeito dele. Com suas músicas e seus cigarros. Com seus "amigos" e suas noites em claro. Mais, ele não chamava aquilo de aproveitar. Chamava apenas de adolescência, tudo para ele não passava de uma fase. Mas até que chegou uma fase, que ele chegou a conclusão de que era a sua 'fase final' .

Não tinha mais coisas importantes a fazer, era aposentado, e não diferente de antes.Sozinho. A unica coisa que lhe ocorrera no momento é que o café havia esfriado e o precisava comprar um maço de cigarros.

- Camila; Clemente.

Não adianta mais, eu já devia ter visto a muito tempo que não adianta.
Sinceramente não faço a mínima idéia do porque estou desse jeito nos últimos dias, não sei se é porque aquele dia você veio aqui em casa, e eu quase não dormi de noite, e vi que essa merda de sentimento que existe dentro de mim por você ainda continua comigo. Não sei se é porque um dia eu acordei e vi que desde aquela noite que você disse que não dava mais , não mudou absolutamente nada . É, talvez seja pelos dois motivos, e por outros mil que estão entalados na minha garganta, e que só de pensar neles, me fazem chorar.
Ai meus Deus, você não faz idéia do quanto eu odeio escrever sobre você depois de tanto tempo, mais é que se não for assim eu acho que explodo, acho que ainda sou fraco. E me sinto triste de admitir minha fraqueza também. Mas é sim.

Não adianta mais, você é uma ferida que sararia se eu parasse de cutucar, mais sim, eu ainda sou idiota o bastante,sou masoquista, faço questão de mecher na ferida pra lembrar da dor. Porque? A resposta eu mesmo me poupo de procurar.
E entre essas quatro paredes do meu quarto eu tento ir para um mundo só meu. Tento sonhar de novo.


- Tom.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

E esse frio na barriga que me veio essa tarde.

Eu cheguei a até ter raiva de mim mesma por estar pensando nisso, mais essa raiva não adianta mais. Á algum tempo eu vi que não adianta de nada, ter raiva, e muito menos ficar triste, porque esse 'nada que vem depois das minhas noites sem dormir, só me deixam com ainda mais certeza de que é você, e eu não sei se gosto disso.
Raiva de mim, mesmo não adiantando é inevitável não ficar com raiva por lembrar que á um ano atrás estavamos nos conhecendo de verdade. Ou era eu que estava te conhecendo? Acho que eu nunca vou saber se você me conheceu um dia.
O tempo passou, passou, e esse nó na garganta que eu sinto quando penso em você não passa. O tempo passou e eu descobri que você não se importa mais. O tempo passou e o que eu senti quando você disse que me amava não vai passar. Mesmo que não tenha sido verdade.

E esse frio na barriga que me veio essa tarde, me fez lembrar que eu odeio fazer drama, eu na verdade não estou fazendo drama, é só que eu ouvi aquela nossa música que fiquei tanto tempo evitando de ouvir. E me lembrei de você. E mesmo sabendo de que essas palavras não vai sair daqui, e mesmo eu não fazendo a mínima idéia do porque estou escrevendo me dirigindo a você, mesmo sabendo que você não se importa, eu queria dizer que... as vezes você ainda me deixa acordada me perguntado "e se...?"

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Acho que todo mundo já deve estar cansado de ouvir que a vida é curta, que você tem que aproveitar cada minuto e etc. Mas acho que ninguém parou pra pensar que só se tem uma vida para fazer tudo o que aquilo que deseja, para dizer tudo o que você gostaria de dizer, e para realizar todos os sonhos. Por que eu não acredito em sonhos impossível ? Acho que se esse sonho está destinado a você, é porque você consegue realizar, tem capacidade pra isso. Nós não somos destinados a nosso sonho por acaso.
E existem pessoas que tem medo de agir de tal forma por ter medo do que os outros irão achar. Algumas pessoas não são elas mesmas grande parte de sua vida, ou até a vida inteira. E me pergunto por que essas pessoas não enxergam que elas só tem uma chance de vida, apenas uma. E elas "vivem" com medo, vergonha, receio. Vá a ponte mais próxima e se jogue se você acha que nada disto vale alguma coisa. Ou vá até a pessoa que você ama e diga que ama ela. Vá, ligue o som no último volume, e sinta a música. Tome alguma atitude, grite, pule, corra, beije, abrace, dance, cante. Faça o que quiser hoje, você só tem uma chance de viver.

sábado, 8 de janeiro de 2011

"TRI, TRI, TRI..." Ele acordou assustado com o barulho do despertador. Eram 6:00h , tinha tido um sonho esquisito. Mas nada importava, hoje seu pai tinha lhe prometido a guitarra que tanto sonhara. Dali á uma semana iria fazer 14 anos. E ele estava ansioso para este dia não chegar, não gostava do dia do seu aniversário. Até porque as únicas pessoas que lembravam dele eram seus pais e irmão mais novo.
Se arrumou para a escola, tomou café como sempre e foi. Sua escola ficava a alguns quarteirões de casa, então ele ia andando. Sempre encontrava as mesmas pessoas pelo caminho, indo trabalhar ou indo a escola como ele.
Tudo estava normal, mas não era um dia qualquer. Chegou em casa, e para seu desânimo, logo encontrou seus pais discutindo na cozinha. Eles gritavam mais do que na última briga, então ele decidiu subir logo para o seu quarto.
Alguns minutos depois seu pai bate na porta, pele para ele se sentar, e ele logo já entende tudo...
- Á, meu filho você sabe como é né? Sou só eu que pago as contas nessa casa, eu sei que te prometi a "gitarra" mais, a esse negócio de música não tem mesmo futuro...
Então mais uma vez ele fica sozinho no quarto, com toda a felicidade que estava á 10 minutos atrás indo embora. Colocou então o som no último volume. e ouve sua mãe falando da porta:
- Não fique assim, você sabe como é seu pai não é Tom? .


-Camila.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Era 15 de Maio. Seu aniversário. Muitas lembranças passando pela sua mente, mais uma delas falava um pouco mais alto no momento. Uma nada feliz. Dali a 2 dias iria fazer 7 anos que sua ex namorada sofrera um acidente de carro, do qual morreu tragicamente. Ele não a amava,nem sentia algo por ela forte o bastante para faze-lo chorar. Pois ele não sentia saudades dela. Se sentia apenas triste, por nada na sua vida dar certo de verdade. Se sentia triste pela morte de uma pessoa que o amava.
Ele não falava muito em amor, e também não se apaixonara mais. Depois de Ana. Sim a unica mulher que ele amara na vida. E que o deixou por nenhum motivo em especial .Apenas deixou. E depois de anos e anos, mesmo ele totalmente ciente que que ela não irá voltar, ainda conseguia lhe dar embrulhos e borboletas no estômago, conseguia lhe tirar o ar e até aparecer em seus sonhos. E esperava. Inexplicavelmente, esperava, até o último dia de sua vida. A unica mulher que ele pensava e chegava a conclusão de que palavras não eram o bastante. Não importava o tempo era ela. Ana.

Quando voltou a "realidade" , tinha até esquecido de que era seu aniversário.E nem se importava, porque ninguém ligara mesmo. Não tinha amigos de verdade, á 2 anos teria descoberto o que eram realmente pessoas falsas e oportunistas.
Já era tarde , a chuva fazia barulho lá fora. E a noite não podia ser pior, estava sozinho, com o café que já esfriara, deitado na cama, com a cabeça encostada no caderno em branco, os pensamentos nela, e agora tinha 42 anos.

-Camila.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Os últimos 13 anos tinham passado tão rápido que ele nem percebera. Todo fim de semana estava sempre cheio de convites e compromissos, tinha uma agenda cheia. Morava sozinho em um apartamento na cobertura.
Pessoas ao seu redor que ele costumava chamar de amigos. E uma linda namorada. Qual ele sempre presenteava com jóias, flores e etc..
Ela o amava, ele a achava uma mulher bastante atraente. Ele tinha tudo o que queria nas mãos,inclusive ela.

Até que o tempo passa. E ele vê que a vida que vivera até hoje, era a vida que seu tinha planejara para ele. Até que ele percebe que lutou tanto pelo orgulho do pai que esqueceu de uma coisa que era tão essencial.

Então o telefone toca, sua namorada tinha sofrido um acidente de carro, saiu de seu apartamento muito perturbada depois da briga que tiveram horas antes. Da qual ela recusara pela terceira vez, sues presentes caros, que não tinham sentimento algum.


...e ele esqueceu de uma coisa que era tão essencial. Felicidade


-Camila.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Aquela era só mais uma tarde nublada e gélida para ele. Vendo o seu filme preferido pela milésima vez. Tomando uma caneca de café, enquanto a noite se aproximava.
Era só mais um final de uma tarde fria e tediosa, nada diferente das últimas semanas. Seu chefe tinha lhe dito que trabalhara muito nos últimos anos, e mesmo ele negando, decidiu lhe dar umas férias.

Até que caiu a noite, e assim veio a manhã, e depois mais uma tarde tediosa. Os dias iam se arrastando. Mas ele não tinha vontade de sair de casa, á anos que não se via animado para alguma coisa. Estava perto de seus 50 anos de idade, e não tinha nenhum filho, e nem era casado. Ao decorrer dos anos ele se via cada vez mais sozinho, com seus filmes cd's, livros, e seu inseparável caderno.

As horas, os dias, os meses, e os anos se arrastavam, e não importava o quanto ele trabalhasse, não importava o que ele escrevesse, não importava o que ele fazia para manter uma vida, supostamente vivida.
Todas as noites antes de realmente pegar no sono. É nela que ele pensava.


-Camila

Á, se tudo o que se passa pela minha cabeça eu escrevesse

Acho que eu não tenho quase nada escrito sobre os melhores dias da minha vida, já sobre os tristes. Tenho vários textos, e eu acho isso muito ruim.

Eu estou numa "época" muito inexplicável, eu estou feliz, e me sentindo "livre", não me importo nem um pouco com o que os outros pensam ou irão pensar de mim. Porque eu sou desse jeito mesmo, estranha. E tenho fé até de mais nas coisas. Mas foda-se, coisas simples e pequenas, fizeram ser o que sou hoje. E eu sou eternamente grata as pessoas maravilhosas que Deus colocou na minha vida. Elas são grande parte do que eu chamo de felicidade, se não for a maior.
E sim, eu estou feliz, sem nenhum motivo especial.
E esse texto, foi o máximo de resumo do que se passa por essa cabeça confusa nesse últimos dias.

sábado, 1 de janeiro de 2011

é, primeiro de Janeiro de 2011. Aqui estou eu.

E não vou dizer que não faço a mínima idéia do que escrever porque pra falar a verdade eu sempre tenho, a unica coisa que me falta as vezes são as palavras.

Nossa hoje eu passei a tarde inteira sozinha, em casa, e quando os meus pais chegaram, eu senti aquela sensação de que "vai começar tudo de novo." Isso é óbvio, mais á anos e anos que eu estou completamente cansada dessa convivência, acho que todos aqui no fundo sabem que não somos uma unida e família feliz, mais ninguém nunca disse. E só vivendo pra saber como dói viu.

Eu não estou triste, já me cansei de estar triste. Porque na realidade eu não sou assim, já chorei tantas e tantas vezes por coisas inúteis, mas me arrepender, nunca! Eu nunca, jamais me arrependi de nada, ou voltei atrás por nada e ninguém.

Mas as vezes que meu pai me abraçava sempre senti vontade de chorar. Por culpa de não amar ele como um filho deve amar seu pai. Por não conseguir entender porque ele é a pessoa mais incompreensível do mundo. E por não entender porque a minha vida tinha que ser assim. Totalmente confusa e diferente de todas.

E isso me faz chorar, e dói muito. Mais por um motivo totalmente obscuro, eu já estou acostumada. E como o meu pai diz, quem sabe no dia que ele for embora pra sempre eu entenda.