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terça-feira, 31 de maio de 2011

'Não há nada mais a fazer' . Esse era o seu único pensamento, ao acordar, ao chorar, ao sorrir,ao viver.
Dia após dia vivendo, ou melhor, apenas exsitindo. Não tinha mais sonhos, vontade de ter algo, ou qualquer outra coisa. Se sentia vazia. Mais isso era tão normal que ela mal notara a pessoa "seca" que se tornou. Apenas era isso.
   Dormia cedo acordava cedo. Uma rotina tão exaustiva, trabalho o dia inteiro. E não estava nem um pouco triste com essa vida que ela dizia ser uma vida normal. Mais ela também sabia que não estava nem um pouco feliz. Dizia que quando se chega em seus quarenta e tantos anos sonhos já não existem, são coisas de adolescente, coisas momentaneas . Sempre que dizia isso chorava, chorava de vergonha, de raiva, das oportunidades que perdeu, do marido que ela não amava, e de noite quando tinha certeza de que seu marido estava em sono profundo chorava pela vida que levava.  E pensava: 'Não há mais nada a fazer'
  

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